Assumpção deseja Engenhão com 60 mil lugares em 2012

Dentista por formação, Mauricio Assumpção pegou gosto pela política. O dirigente decidiu tentar a reeleição depois de três anos à frente do Botafogo. Como carro-chefe de campanha, a promessa de aumentar a capacidade do Engenhão para 60 mil pessoas, já no ano que vem.

A ideia é erguer duas arquibancadas nos setores Norte e Sul, aumentando a casa alvinegra em 15 mil lugares aproximadamente. Na votação de amanhã, em General Severiano,  Mauricio vai testar sua popularidade, encabeçando a chapa “Botafogo Total”, que tem como vice o economista Paulo Mendes.  

Como fazer obras no Engenhão sem que isso atrapalhe os jogos no estádio? E quanto tempo seria preciso para aumentar a capacidade?
Queremos aumentar nossa casa já no ano que vem para 60 mil pessoas. Estamos querendo pressa nisso. Os setores não vão fechar, o que garante os jogos sem problemas. O Engenhão será muito mais valorizado.

Como estava o clube há três anos e como se encontra hoje?
A pergunta que deve ser feita para mim é: "Por que aceitei o desafio de tentar a reeleição?" Respondo afirmando que tenho que olhar para trás e ver o quanto foi conquistado. Fomos campeões, nossa base voltou a dar frutos, nossas sedes tinham que ser autossustentáveis. Elas já são, e agora precisam dar lucros. Conquistamos muito aqui dentro.

A dívida do Botafogo, hoje, é estimada em mais de R$ 300 milhões. Como pagar isso?
As dívidas fiscais são o grande problema. Os quatro grandes do Rio foram ao ex-ministro dos Esportes (Orlando Silva) para termos uma reunião. Dissemos que na Espanha e Itália os clubes estavam em situação de falência muito parecida com os do Brasil. E os governos de lá tiveram ações firmes. Não fomos pedir perdão de dívida, mas propor um modelo diferenciado para renegociar as dívidas, o que implica obrigatoriamente em um processo de responsabilidade, como a responsabilidade fiscal.

Como criar receitas que possam resolver esta questão?
O Engenhão pode ser uma boa fonte. Nós fizemos um raio x do estádio e vimos que não sabíamos fazer algumas coisas. Hoje, faturamos três vezes mais do que em 2009, com oito tipos de ambientes alimentares, comercialização dos camarotes, além dos shows. Nossa ideia é fazer uma arena multiuso.

Como usar o Engenhão tendo a preocupação de a torcida não aprovar certas mudanças?O contrato da Ambev com o Botafogo é o maior que ela já fez com um clube no Brasil. Nós temos que dar contrapartida para isso. Por isso, pintaram de vermelho e branco parte das arquibancadas.
E se pagassem R$ 30 milhões para pintar de vermelho e preto?
Mas o cara não chega aqui com essa proposta. Eu falaria: “Por R$ 25 milhões, você pinta de vermelho e azul que fica mais bonito.”

O CT profissional vai sair do papel? Existe um projeto?
Estamos finalizando um processo com um terreno para abrigar o futebol profissional. Aí, o futebol terá o CT. Se estou dizendo que esse CT vai existir, ele vai existir.

Você é favor de dirigente ser remunerado?
Não tem problema algum, desde que o estatuto permita. Isso pode ser tentado nos próximos três anos, mas não para mim. Não posso me beneficiar. É preciso colocar cobrança no dirigente, como em uma empresa. Hoje, entendem que para ser presidente, vice... tem de ser em tempo integral. A resistência é menor, mas mesmo que se pense em levar a ideia à frente, é preciso criar um mecanismo de cobrança.

Quem seria o técnico ideal para dirigir o Botafogo?Experiência e títulos importantes no currículo pesarão na escolha do treinador, mas tenho convicção de que o encontraremos. Hoje, eles recebem as melhores informações do clube.

Por: Marcelo Benevides e Vinícius Perazzini (Lancenet)

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