Ainda sem parâmetros para quantificar o nível de atuação do Botafogo, Oswaldo de Oliveira foi sincero em sua avaliação em números sobre a estreia do time no Campeonato Carioca. Segundo o treinador, a nota depende muito do resultado, ainda que o desempenho não esteja perto do ideal por conta das dificuldades comuns ao início de temporada.
- No futebol, é muito simples: quando ganha, é nota 10, quando empata, é 5, e quando perde, é nota 0. Claro que há suas considerações dentro de cada situação, mas é por aí que temos de ver - resumiu.
As estatísticas apontam o Alvinegro mais incisivo do que o Resende, derrotado por 3 a 1. Foram 20 finalizações (nove delas para fora) contra dez (três sem direção), oito escanteios a três e 42 passes errados diante de 28, provando a maior posse de bola: 59% a 41%. Sem o preparo físico ideal, os comandados de Oswaldo cometeram 16 faltas, seis a mais que o rival.
A ida para o intervalo com o empate, conquistado no fim da primeira etapa pelo Resende, não perturbou o treinador, que garante ter pedido o mesmo para os jogadores.
- Entrei no vestiário dizendo que não precisávamos mudar nada, tínhamos de ter atenção maior em alguns pontos somente. Era manter o ritmo e continuar insistindo que faríamos os gols.
A insistência de jogadas pelo meio também não foi vista como um erro por Oswaldo, que, diante das características da equipe, apontou que a saída seria apostar na velocidade pelas pontas, o que foi mais explorado no início do jogo, com Márcio Azevedo e Elkeson, e depois com o argentino Herrera, que entrou como um ponta direita no segundo tempo.
- Tenho jogadores velozes que vão frequentemente cair por ali (laterais). A referência do Abreu é bem-vinda, isso proporciona a jogada, mas é muito marcada pelos adversários. Tanto Elkeson, quanto Maicosuel, tiveram momentos de marcações especial, muito em cima mesmo. Não podíamos ter uma postura óbvia. E o meio é sempre uma jogada interessante. O Renato e o André nos criaram chances e tabelaram muito bem. Os erros são normais agora - acredita.
Estreia positiva de Andrezinho
A honestidade também marcou o comentário sobre a estreia de Andrezinho com a camisa alvinegra. Oswaldo aprovou a evolução do camisa 10 ao longo do jogo.
- O André começou um pouco inseguro, no meu ponto de vista. Mas foi crescendo à medida que se sintonizou em campo. Foi criando vínculo com os atletas, se aproximando das jogadas e acertando mais.
Quando precisamos rodar, virou bem o jogo. Ia até tirá-lo antes, mas ele estava num momento tão bom que segurei o Felipe (Menezes), que faz essa função muito bem. Quis que se desgastasse um pouco mais. Ao perder uma bola, vi que era a hora, que ele estava cansado - revelou.
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